Problemas anunciados


Lição deixada para segundo plano no passado nem tão recente, quando todos os estudos diretores descreviam César de Souza como a grande aposta para a expansão imobiliária, as atenções voltam-se agora para os gargalos gerados pela demora na realização de obras e investimentos em infraestrutura viária e serviços públicos.
César de Souza teve um crescimento estupendo, em pouco tempo. Em 1999, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava uma população formada por 15.388 moradoes; em 2010, o total era de 33.295 habitantes, um salto de 116,36%. No mesmo período, para se ter uma ideia da representatividade dos números, a população de Mogi das Cruzes cresceu de 273 mil moradores para 387 mil, um aumento de 41,95%. Ao longo da década atual, a entrega de empreendimentos imobiliários deverá inflar essa contagem.
Entre as demandas criadas pela oferta dos terrenos para casas e condomínios residenciais, a mobilidade urbana parece ser a mais urgente.
Com apenas uma opção de transposição sobre a linha férrea, a Avenida José Ricieri Marcatto, os moradores enfrentam a lentidão na travessia de carros e ônibus não apenas para a passagem dos trens de carga.
Houve, ainda, um salto surpreendente na frota de veículos por causa dos bons ventos da situação socioeconômica nacional.
Mais gente, mais carros nas ruas, poucas alternativas de escape e menos transporte público de qualidade. Eis os desafios para a atual e as futuras administrações municipais para bem atender as necessidades dos moradores do lugar.
Apesar da necessidade, o projeto básico do trecho da Via Perimetral, que vai interligar a Avenida João XXIII, na confluência com a Avenida Dante Jordão Stoppa, e a Avenida Francisco Rodrigues Filho, ainda está por ser feito. Ou seja, em uma previsão otimista, o atual governo deve assegurar os recursos estimados em R$ 150 milhões e, talvez, iniciar a obra. Por isso, a nossa defesa da extensão dos trens de passageiros até o lugar. Essa seria uma forma de estimular o transporte de massa, que tem escapado do campo de visão dos nossos governantes.
O crescimento desordenado custa caro. E esse desenvolvimento de César de Souza ainda está em curso. E mira, agora, regiões desabitadas entre César de Souza e Sabaúna, onde as condições da estrada velha seguem em situação vexatória.
Ponto positivo, no entanto, com a modificação do perfil do lugar crescido no entorno da antiga Estação Ferroviária, reside na atração de novos grupos e no amadurecimento do comércio e da prestação de serviços. Esse bom momento estimula a economia do Município, gera emprego e oportunidades.
Fonte: O diário de Mogi

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