Aprenda a fazer um bom currículo


Para muitas pessoas, o começo de ano significa procurar um emprego ou mudar de ocupação. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro de 2013, mais de 1,1 milhão de pessoas no Brasil estão desempregados. Diante de tanta concorrência, um currículo adequado faz toda a diferença e pode ajudar a se destacar nas oportunidades.

Desde a clareza das informações à formatação do documento, todos os detalhes são observados pelas empresas que estão procurando novos funcionários. “O currículo é o primeiro contato com o selecionador. Sendo assim, ele poderá abrir ou fechar portas”, conta Angélica Nogueira, gerente de Recursos Humanos da empresa Catho. “Currículos mal feitos são vistos de forma negativa pelo selecionador e podem até mesmo ser descartados” acrescenta.

 Um bom currículo não precisa ser muito extenso para que impressione. Uma ou duas páginas são mais que suficientes para se candidatar a uma vaga de emprego. É preciso listar apenas as informações mais importantes da sua trajetória profissional e que correspondam à vaga pretendida. Clareza e objetividade são indispensáveis na hora de elaboração.

Para quem nunca trabalhou, o tópico “experiências” deve ser excluído. A primeira coisa a fazer é definir a área em que se tenha interesse de atuar. Depois, no campo “Objetivo”, deve-se colocar apenas a área de interesse, por exemplo: Área Administrativa ou Área de Marketing. A dica é criar um item “Resumo de Qualificações”, em que se deve citar em tópicos os conhecimentos acadêmicos e atividades práticas que se tenha realizado e que estejam relacionadas àquela área.

Não é interessante especificar o cargo, uma vez que o candidato que nunca trabalhou não possui uma atuação profissional definida. “Assim, a dica é mostrar interesse na vaga e na empresa. Procure mostrar ao selecionador que você tem foco na carreira e está cheio de vontade de trabalhar e crescer profissionalmente.” explica Angélica.

E nada de ficar inventando. Se não há experiências, destaque os estudos. Aposte na boa apresentação do currículo e seja honesto. “Não adianta ficar ‘enchendo linguiça’. Síntese é o principal” revela Andréia Azevedo, sócia-diretora da Agência Sisters; “O importante é chamar a atenção de quem selecionará candidatos, para que você seja chamado para uma entrevista”, afirma.

 Fotos não são necessárias em currículos, a menos que seja solicitado pela empresa ou que seja uma função em que a aparência conte. “Neste caso é essencial a escolha de uma foto de boa resolução (de preferência 3x4), com fundo neutro e passando uma imagem profissional” ensina Angélica. “Lembre-se que a foto deve reforçar a boa imagem passada pelo seu currículo”, esclarece.

Depois de listar todas as suas experiências e informações, não esqueça de dar uma atenção especial à formatação e especialmente à linguística. Não deve haver erros de português ou de concordância. “Não basta ter um currículo com um excelente conteúdo: é essencial formatar corretamente” diz Andreia.  “Uma formatação bem feita atrai mais a atenção; dá uma aparência mais leve e agradável. Cria-se um diferencial entre os recrutadores” avisa.
O que deve ter em um currículo?

•             Dados pessoais (Nome completo, idade, endereço, telefone e e-mail);

•             Um objetivo conciso (neste caso, pode colocar o cargo desejado ou apenas a área, por exemplo: Objetivo: Área Administrativa);

•             Formação Acadêmica;

•             Experiência profissional;

•             Nível de conhecimento em Idiomas (caso possua);

•             Cursos Realizados;

•             Conhecimentos específicos em Informática.

O que não deve ter em um currículo?

•             Erros de português

•             Formatação inadequada;

•             Letras ou papéis coloridos

•             Número de documentos;

•             Uso da primeira pessoa;

•             Nomes de pai, mãe, irmãos… ou de qualquer pessoa, além do seu.


Fonte: ACrítica.net




Problemas anunciados


Lição deixada para segundo plano no passado nem tão recente, quando todos os estudos diretores descreviam César de Souza como a grande aposta para a expansão imobiliária, as atenções voltam-se agora para os gargalos gerados pela demora na realização de obras e investimentos em infraestrutura viária e serviços públicos.
César de Souza teve um crescimento estupendo, em pouco tempo. Em 1999, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava uma população formada por 15.388 moradoes; em 2010, o total era de 33.295 habitantes, um salto de 116,36%. No mesmo período, para se ter uma ideia da representatividade dos números, a população de Mogi das Cruzes cresceu de 273 mil moradores para 387 mil, um aumento de 41,95%. Ao longo da década atual, a entrega de empreendimentos imobiliários deverá inflar essa contagem.
Entre as demandas criadas pela oferta dos terrenos para casas e condomínios residenciais, a mobilidade urbana parece ser a mais urgente.
Com apenas uma opção de transposição sobre a linha férrea, a Avenida José Ricieri Marcatto, os moradores enfrentam a lentidão na travessia de carros e ônibus não apenas para a passagem dos trens de carga.
Houve, ainda, um salto surpreendente na frota de veículos por causa dos bons ventos da situação socioeconômica nacional.
Mais gente, mais carros nas ruas, poucas alternativas de escape e menos transporte público de qualidade. Eis os desafios para a atual e as futuras administrações municipais para bem atender as necessidades dos moradores do lugar.
Apesar da necessidade, o projeto básico do trecho da Via Perimetral, que vai interligar a Avenida João XXIII, na confluência com a Avenida Dante Jordão Stoppa, e a Avenida Francisco Rodrigues Filho, ainda está por ser feito. Ou seja, em uma previsão otimista, o atual governo deve assegurar os recursos estimados em R$ 150 milhões e, talvez, iniciar a obra. Por isso, a nossa defesa da extensão dos trens de passageiros até o lugar. Essa seria uma forma de estimular o transporte de massa, que tem escapado do campo de visão dos nossos governantes.
O crescimento desordenado custa caro. E esse desenvolvimento de César de Souza ainda está em curso. E mira, agora, regiões desabitadas entre César de Souza e Sabaúna, onde as condições da estrada velha seguem em situação vexatória.
Ponto positivo, no entanto, com a modificação do perfil do lugar crescido no entorno da antiga Estação Ferroviária, reside na atração de novos grupos e no amadurecimento do comércio e da prestação de serviços. Esse bom momento estimula a economia do Município, gera emprego e oportunidades.
Fonte: O diário de Mogi

Os grandes vilões da inflação em 2013



Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta feira (10), mostram que os grandes vilões da inflação em 2013 foram necessidades básicas, como comer em restaurantes e lanchonetes e o abastecimento do carro. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 5,91%, mais que o de 2012, avaliado em 5,84%. Mesmo assim ainda ficou dentro do teto da meta de inflação do Banco Central que é de 6,5%.
A gasolina, por exemplo, que em 2012 foi de 0,41% foi para 6,53% em 2013 e o último ajuste, de 4% foi em 30 de Novembro.
Segundo a coordenadora da Coordenação de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eulina Nunes dos Santos, cada vez mais a refeição que é efetuada fora de casa tem ficado mais cara. Além disso, tem a demanda da alta. Com o desemprego baixo e as mulheres cada vez mais atuantes no mercado de trabalho, as pessoas comem mais na rua. De acordo com ela, para os donos de restaurante, além dos custos com os alimentos, tem também o aumento de aluguel, mão de obra e eletricidade. Tudo isso chega a somar mais de 70% das despesas gerais.
No ano passado os alimentos que apresentaram maior alta foram o leite, as frutas e o pão francês, com impacto de 0,16 % na formação do índice. Já a carne chegou a 0,11%.
As frutas foram afetadas pelo clima, o leite foi por conta da variação cambial e o pão francês pela falta de trigo brasileiro. O produto importado dos Estados Unidos e Argentina sofreram problemas na safra por conta do mau clima. Já a carne está aumentando de preço seguindo a alta demanda para as exportações.
Segundo Eulina, o aumento poderia ser maior, mas foi refreado pelas boas safras de café e soja e também pela desoneração da cesta básica.
Fonte:NoticiasBr.com


Refeição fora de casa ficou mais cara; IBGE divulga resultado da inflação em 2013



Comer e beber ficou mais caro em 2013, principalmente fora de casa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa sexta-feira (10) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 5,91% e aponta que entre todos os grupos avaliados, Alimentação e Bebidas foi o que teve maior alta, de 10,07%, acima do registrado em 2012, de 9,51%.
Para os alimentos e bebidas consumidos em casa, a alta foi menor, de 7,64% em 2013 contra 10,04% em 2012. A elevação dos preços em restaurantes, bares, padarias e lanchonetes se deve principalmente ao aumento da demanda por comida fora de casa.
Segundo o IBGE, no acumulado de 10 anos, a alimentação fora de casa subiu bem mais que a alimentação dentro de casa. No período, os preços da alimentação fora de casa avançaram 133,71%, enquanto a alimentação no domicílio subiu 78,70%.
Na lista dos alimentos com maior inflação estão o chá, a farinha de trigo, a farinha de mandioca, a batata inglesa e o feijão-preto. Mesmo em ano de supersafra, a alta de 2013 se explica por eventos climáticos como as recentes chuvas no Espírito Santo, secas nos EUA, na Argentina e na Rússia, pois com as quebras de safras de commodities internacionais, os preços sobem também no mercado interno.

Inflação dos alimentos em 2013:
1 - Chá:  53,33%
2 - Farinha de trigo: 30,16%
3 - Farinha de mandioca: 25,19%
4 - Batata inglesa: 24,79%
5 - Feijão-preto: 21,51%
6 - Leite em pó:  20,58%
7 - Frutas: 18,96%
8 - Leite longa vida: 17,15%
9 - Macarrão: 16,80%
10 - Pão francês: 15,11%
11- Tomate:14,74%
 


Fonte: Carolina Fasolo - Capital News (www.capitalnews.com.br)



Aumento de evangélicos no país estimula mercado religioso



Para julho de 2014 a Um Entretenimento espera atrair 120 mil pessoas até o Expo Center Norte para uma nova Expocristã. A feira existe há mais de dez anos no mercado e vem acompanhando o crescimento do número de evangélicos no país.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nos últimos 20 anos a quantidade de evangélicos cresceu 60% no país, representando mais de 20% da população.
Dados de um levantamento publicado em janeiro de 2013 pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) afirmava que anualmente o mercado religioso movimenta R$12 bilhões, valores que giram entre shows, eventos, produtos e serviços.
A Expocristã é a maior prova do potencial do setor. Sua última edição, em 2012, atraiu 160 mil pessoas e movimentou R$100 milhões em negócios com a venda de livros, roupas, CDs, DVDs, instrumentos musicais, equipamentos de som e outros produtos.
Por problemas administrativos, a Expocristã não aconteceu em 2013 e para 2014 promete uma repaginação que começou com a troca dos donos da marca.
À frente da maior feira de produtos evangélicos da América Latina estão os empresários Leo Ganem, da Um Entretenimento; Emílio Magnago, sócio da Um e Rogério Barrios atual diretor executivo da feira.
Para se ter uma ideia, empresas como Mapfre Seguros e Bradesco estão apoiando a feira e algumas empresas do segmento já mostraram interesse em expor seus produtos durante os cinco dias de evento.
“Tentaremos fazer a melhor feira possível”, disse Leo Ganem durante coletiva de imprensa. O empresário explicou que se interessou pela Expocristã após sair da GEO Eventos e ter a informação de que a Feira Internacional Cristã (FIC) seria descontinuada.
Ao assumir o nome da Expocristã, a Um Entretenimento se propõe a criar uma feira de qualidade. “Eu quero conciliar uma capacidade de produção muito boa, com muito foco e com uma marca fortíssima, atrair o público novamente”, conclui Leo Ganem.

Mercado concorrido

Por anos a Expocristã foi a única feira do segmento, mas em 2014 terá outras duas feiras concorrentes: O Salão Internacional Gospel e a Feira Literária Cristã (FLIC) que se juntaram e serão realizadas nos mesmos dias e espaço: de 18 a 20 de setembro no Centro de Exposições Imigrantes.
Ambas as marcas estão em seu terceiro ano de atuação, o Salão Internacional tem espaço para gravadoras, compositores, empresários artísticos, escolas de músicas e outros produtos e serviços enquanto que a FLIC está voltada para o segmento editorial.
Apesar das concorrentes, a Expocristã não se sente coagida. “Há espaço para todo mundo”, disse Rogério Barrios falando sobre o contato que a feira vai tentar com as grandes editoras.
“O mercado é amplo, se acreditamos que podemos ter aqui uma feira com o dobro do espaço, outra feira também faz parte do contexto e pode ter sucesso”, encerra o diretor.

Fonte:Gospel-Prime

A geografia do Califado da Al-Qaeda


Com o apoio logístico de armas, munições, inteligência e facilidades para agregar militantes de todos os países, o Líbano, a Jordânia, a Turquia e a Arábia Saudita tornaram-se o corrimão da esteira desses grupos em direção à Síria e ao Iraque. 


Por Assad Frangieh*, no Oriente Mídia


Entre os grupos de ideologia Takfiristas, Wahabistas e Jihadistas ( três facções que pregam o Califado Islâmico ao invés do Estado Independente), o Exército Islâmico do Iraque e do Levante constitui a organização melhor disciplinada e organizada.


Apesar de atuar em grupos pequenos de 20-100 homens, tais grupos seguem a hierarquia e as ordens de seu “Estado Maior”. Os mapas abaixo mostram como na geografia, os acontecimentos na Síria e antes do Iraque acabaram definindo uma geografia da Al-Qaeda.



A linha vermelha é a fronteira da Turquia com a Síria, a linha azul é a fronteira da Turquia com o Iraque, a linha amarela é a fronteira do Irã com o Iraque, a linha verde é a fronteira Síria como o Iraque, a linha laranja é a fronteira da Jordânia e a linha lilás é a fronteira da Arábia Saudita. O mapa mostra também as fronteiras do Kuwait. 

A área hachurada em preto é a região onde Al-Qaeda consegue se movimentar com maior liberdade, apesar dos confrontos ao nordeste com os curdos e ao sul com o Exército Sírio. Esta área se estende desde Azaz, na Síria, na região rural de Alepo, e vai ao leste até próximo de Bagdá. São quase 900 quilômetros de leste ao oeste. No Iraque, a presença de comunidades sunitas em proporções maiores ao noroeste da capital acabou criando, em certas regiões, áreas simpatizantes da Al-Qaeda, ou simplesmente contrárias ao Governo Central, apelidadas de “berços protetores”.


A imagem mostra os dois estados iraquianos (Al-Anbar, ao sul, e Salah Al Dinn, ao norte) onde a movimentação e a concentração da Al-Qaeda são maiores. Na atual ofensiva do Exército iraquiano, os militantes receberam duros golpes ao longo da fronteira com a Síria, principalmente na passagem de Bou-Kamal. Fala-se em centenas de militantes mortos. 

As cidades em vermelho no Estado de Al-Anbar (Hit, Ramadi, Habbanyah) mostram onde houve fortes confrontos com recuo principal dos militantes em direção à Falluja. Ao noroeste de Bagdá, principalmente em Samarra e Tikrit, a presença do Exército iraquiano é mais intensa e recebe o apoio da maioria dos chefes tribais habitantes da região. 

Da fronteira da Síria até as cidades “acolhedoras” da Al-Qaeda, muitas delas habitadas por ex-oficiais de Saddam Hussein e seus familiares, há uma distância de 350 a 450 quilômetros. 

As montanhas mais ao sul também representam um importante reduto para campos de treinamento, guarda de munições e esconderijos e tem na sua retaguarda a fronteira da Arábia Saudita e ao sudoeste, a fronteira da Jordânia. São imensas áreas para supervisionar, porém, sem importância vital, em razão da ausência de aglomerados populacionais.

*Assad Frangieh é editor do portal de análises geopolíticas Oriente Mídia.

Fonte: Oriente Mídia





A geografia da criminalidade


Com a redistribuição da renda nacional e da atividade econômica, ocorrida no período de 2000 a 2010, mudou também a geografia da criminalidade no País, levando a violência urbana a migrar do Sudeste para as Regiões Norte e Nordeste. Essa é uma das conclusões de um estudo do diretor de Estado, Instituições e Democracia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o economista Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, cuja tese de doutorado sobre as causas e as consequências do crime no Brasil foi vencedora da última edição do Prêmio BNDES de Economia. O trabalho foi elaborado com base na análise das estatísticas do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, Estados que historicamente lideravam as estatísticas de homicídios, como São Paulo e Rio de Janeiro, registraram na década de 2000 queda de 66,6% e de 35,4% no número de assassinatos por 100 mil habitantes, respectivamente. Já o índice de homicídios cresceu 339,5% no Estado da Bahia, no mesmo período. No Estado do Maranhão, o aumento foi de 373%. Na Região Norte, o Estado do Pará registrou uma elevação de 258,4%.
Além da migração da violência de Estados mais ricos para áreas mais pobres dos Estados menos desenvolvidos, o estudo do diretor do Ipea aponta a tendência de interiorização da violência, com quedas em mortes nas capitais e elevação em municípios menores. O ranking das cidades com maior número de assassinatos é liderado por Simões Filho, uma cidade de 130 mil habitantes, vizinha a Salvador, e Ananindeua, situada na região metropolitana de Belém.
O estudo mostra ainda que as taxas de homicídios nos municípios considerados pequenos pelo Ipea - com menos de 100 mil habitantes - tiveram um crescimento médio de 52,2%, entre 2000 e 2010. Já as cidades consideradas grandes - com mais de 500 mil habitantes - registraram uma queda de 26,9% no mesmo período. Nas cidades de porte médio - com população entre 100 mil e 500 mil habitantes - a taxa de homicídios aumentou 7,6%. Entre as 20 cidades com maior índice de mortes violentas, 10 são pequenas, 9 são de porte médio e apenas 1 - Maceió, na sexta posição - é considerada grande.
As mudanças na geografia da criminalidade, ocorridas no decorrer da década de 2000, foram provocadas por diversos fatores - alguns de alcance nacional e outros com especificidade regional. Entre os fatores de alcance global, o estudo destaca o impacto do I Plano Nacional de Segurança, que aumentou o repasse de verbas da União para a expansão do sistema prisional federal e estadual, e do Estatuto do Desarmamento, que entrou em vigor em 2003. Também ressalta as mudanças ocorridas no mercado de drogas, que acompanhou a expansão econômica das cidades situadas fora dos eixos metropolitanos. "Essas localidades passaram a se tornar mais atrativas para o tráfico porque, com mais renda, o consumo de drogas tende a aumentar. Esse mercado ilegal é acompanhado da violência. O crescimento fica comprovado com o aumento no número de mortes por overdose em oito vezes no País, no período de 2000 a 2010", afirma Daniel Cerqueira.
Entre os fatores de caráter local e regional, o estudo do Ipea destaca a associação entre crescimento econômico e atividades criminosas em áreas de fronteira, desmatamento e extração ilegal de madeira. Destaca, igualmente, a formulação de novos padrões de política pública em matéria de segurança e assistência social, como a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas dominadas pelo narcotráfico na cidade do Rio de Janeiro, a partir de 2008, e a estratégia adotada pelo Estado de São Paulo, que intensificou operações e investigações com base na expansão dos serviços de inteligência e na utilização de estatísticas para planejar as ações preventivas e repressivas das Polícias Civil e Militar.
O estudo do Ipea fornece informações valiosas, mostrando como a combinação entre mais eficiência dos órgãos policiais com melhoria de serviços públicos pode ser decisiva para a redução da violência.
Fonte: O Estado de S.Paulo

Uma aula de economia política


A seguinte aula de política está hoje no domínio público. Repetimo-la no seguinte diálogo atribuído ao primeiro ministro da França, cardeal Mazarino, com o ministro de Estado do Rei Luiz XIV, Jean Batist Colbert, no século XVII. É uma aula prática de política e serve para entender o pensamento absolutista ao longo de séculos e até na atualidade, depois que a esquerda brasileira comandada pelo PT encantou-se com a ditadura democrática. No presente, algumas manifestações e decisões de vários governos indicam que Augusto Conte, filosofo positivista, estava com a razão quando disse que “os vivos são, cada vez mais, governados pelos mortos”. Segue o texto do diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, conforme está na peça teatral “Le Diable Rouge”, de Antoine Rault:
COLBERT: – Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, senhor superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…
MAZARINO: – Um simples mortal quando está coberto de dívidas, vai parar na prisão. Mas o Estado não! Não se pode prender o Estado. Então, o Estado pode continua a endividar-se… Todos os Estados assim o fazem!
COLBERT: – Ah, sim? Mas como faremos isso se já criamos todos os impostos imagináveis?
MAZARINO: – Criando outros.
COLBERT: – Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
MAZARINO: – Sim, é impossível.
COLBERT: – E sobre os ricos?
MAZARINO: – Os ricos, não! Eles parariam de gastar e um rico quando gasta faz viver centenas de pobres.
COLBERT: – Então, como faremos?
MAZARINO: – Colbert! Tu pensas com cabeça de queijo; como penico de doente! Há uma enorme quantidade de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais essa gente trabalha para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável! É a classe média, Colbert!”.

Fonte:Correio de Uberlândia