Um quinto dos jovens adultos não trabalha nem estuda no Brasil



Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira (29) revela que pelo menos um quinto dos jovens brasileiros de 25 a 29 anos, ou 21,3% dessa população analisada pelo levantamento, não trabalha nem estuda. 

Segundo a “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida das população brasileira” , cuja avaliação foi realizada em 2012, entre os jovens de nesse grupo, apenas 11,2% estudavam. Do total, 8% cursavam ensino superior, mestrado ou doutorado. Já cerca de três quartos das pessoas nessa faixa etária trabalhavam.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, os conhecidos como “nem-nem” (nem trabalham nem estudam) representavam 19,6%;  a proporção entre os de 15 a 17 anos foi de 9,4%, enquanto no grupo que concentra os jovens de 18 a 24 anos, a incidência chegou a 23,4%.



O nível educacional dos “nem-nem” também se revelou preocupante, de acordo com o levantamento: 56,7% dos adolescentes de 15 a 17 anos nesse grupo não tinham nem o ensino fundamental completo. Jovens dessa idade normalmente estariam no ensino médio.

Menos da metade dos jovens de 18 a 24 anos dos que não estudam nem trabalham tinham completado o ensino médio – 43,2% - enquanto 52,6% não tinham concluído esse período do ensino.  Entre os brasileiros de 25 a 29 anos fora da escola e do mercado de trabalho, 51,5% tinham até ensino médio incompleto, 39,2% tinham ensino médio completo
e somente 9,3% tinham ensino superior incompleto ou completo.

Mulheres

Entre as mulheres, a proporção das “nem-nem” aumenta consideravelmente entre 25 e 29 anos: 76,9% não trabalham nem estudam. Num grupo mais jovem, de 15 a 17 anos, elas somam 59,6%. 

A pesquisa destacou que, no grupo de mulheres “nem-nem”, a proporção das que tinham pelo menos um filho era de 30% entre as mais jovens, de 15 a 17 anos; 51,6% entre o grupo das mulheres de 18 a 24 anos e 71% entre 25 e 29 anos de idade.

A pesquisa leva em consideração, principalmente, os dados da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O levantamento se apoia em dados sobre a população brasileira, desigualdades raciais e de gênero, arranjos familiares, domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento e compara informações de 2002 e 2012. O objetivo é conhecer a realidade brasileira, sobretudo para avaliar a qualidade de vida do brasileiro.

Fonte: Portal R7

1% da população acima de 18 usa bicicleta para trabalhar





Segundo o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Grande ABC soma mais de 2,5 milhões de habitantes. Desse total, 2,3 milhões fazem parte do grupo de trabalhadores com mais de 18 anos. O Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Inpes/USCS) decidiu investigar qual a modalidade de transporte utilizada por esse segmento para chegar ao local de trabalho. A pesquisa revela que apenas 1% desse nicho (aproximadamente 23 mil pessoas) prefere a bicicleta.

A cidade de Ribeirão Pires desponta no ranking das sete cidades como a que mais utiliza esse modal: 2,6% dos trabalhadores com mais de 18 utilizam a bicicleta na cidade, seguida da populosa São Bernardo (1,9%), Rio Grande da Serra (1,8%), Diadema (1,3%), Mauá (1,2%), São Caetano (0,6%) e Santo André (0,4%).

Em 2008, a média no ABC era um pouco maior, 1,2%. Na avaliação do gestor do Inpes, Leandro Prearo, a tendência, ao contrário do esperado, é que o número de adeptos à bicicleta continue decrescendo. Para justificar a projeção, Prearo argumenta que o uso desse modal está atrelado a questões econômicas. "A maioria utiliza a bicicleta por reflexo de outros fatores, como o alto custo da tarifa de ônibus, a falta de um veículo particular ou até mesmo a proximidade com o local de trabalho. A escolha por preocupação com a sustentabilidade ou com a saúde ainda não ganhou espaço no ABC", pontua.

Na escala de modais utilizados para chegar ao trabalho, até caminhar tem mais adesões do que a bicicleta. Segundo o levantamento do Inpes realizado em 2012, 20,7% dos trabalhadores do ABC com mais de 18 anos preferem ir a pé ao trabalho. Outros 33,9% utilizam ônibus; 32,4% vão de carro; 10,3%, de trem ou Metrô; 9,7% trabalham em casa e 5,2% optam pela motocicleta.

Para Prearo, o fato de o veículo particular ainda ser um dos principais objetos de desejo do brasileiro também influencia a pouca utilização da bicicleta. "Eu não tenho uma visão romântica sobre bicicletas. Para mim, a questão é estritamente econômica e cultural. Quem tem um carro não vai abrir mão do conforto para andar de bicicleta, principalmente com a falta de segurança e ciclovias. E quem não tem carro, quer ter", comenta.

Os apontamentos de Prearo convergem com os dados do Inpes que confrontam o avanço populacional do ABC com o crescimento da frota veicular. A região vive a expectativa de ganhar mais 200 mil habitantes nas próximas duas décadas, enquanto 145 mil automóveis podem chegar às ruas a cada ano. Em uma década, portanto, teríamos mais 1,450 milhão de carros, complementando a frota atual de mais de 1,062 milhão de veículos.

Uso compartilhado

Andrea Brisida, coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio Intermunicipal Grande ABC - órgão que reúne as sete prefeituras da região -, destaca que a utilização da bicicleta está na pauta dos governos municipais desde o começo do ano, dividida em três frentes: a construção de mais ciclovias, a implantação de ciclofaixas de lazer e de um programa de locação de bicicletas. Porém, por questões técnicas, os projetos seguem emperrados.

Enquanto os frutos das decisões regionais do Consórcio não são colhidos, iniciativas individuais poderiam sinalizar mudanças efetivas, mas ainda falta uma boa dose de ousadia para que estas também saiam do papel. Para exemplificar, Brisida destaca que São Bernardo incluiu em seu projeto de construção de corredores de ônibus a implantação de faixas para bicicletas. "Essa mudança estrutural vai acabar forçando a mudança de cultura. Conforme o uso da bicicleta for aumentando, mais mudanças na estrutura [viária] serão feitas."  

Fonte: Portal Repórter Diário

IBGE: 10% mais ricos têm 42% dos rendimentos do país


Rio de Janeiro – Apesar da melhoria no índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda dentro do país, os 40% mais pobres da população brasileira eram responsáveis por 13,3% da renda total do país, enquanto os 10% mais ricos tinham 41,9% em 2012.
Os dados foram divulgados hoje  (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida dos brasileiros. O Índice de Gini caiu de 0,556 em 2004 para 0,507 em 2012 – quanto mais próximo de 0, melhor a distribuição da renda.
Se em 2002 os 10% com os maiores rendimentos ganhavam 16,8 vezes mais do que os 40% com as menores rendas, a proporção caiu para 12,6 em 2012. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, que analisou os dados de 2012, no ano passado 6,4% das famílias recebiam até um quarto de salário mínimo por pessoa e 14,6% estavam na faixa entre um quarto e meio salário mínimo per capita.
Entre 2002 e 2012, a participação de outras fontes de renda, que não o trabalho, para o grupo de até um quarto de salário mínimo passou de 14,3% para 36,3%. Já para as famílias com rendimento per capita entre um quarto e meio salário mínimo, a participação das outras fontes passou de 6,5% para 12,9%. Nessa categoria de rendimentos entram os programas de transferência de renda do governo.
A questão racial também é destacada na desigualdade de rendimentos. Em 2002, nos 10% mais pobres da população, 71,5% eram pretos e pardos e 27,9% eram brancos, enquanto o 1% mais rico era composto de 87,7% de brancos e 10,7% de pardos. Em 2012, a proporção passou para 75,6% de negros e 23,5% de brancos entre os 10% com menores rendimentos e para 81,6% de brancos e 16,2% de pretos e pardo no 1% da população com as maiores rendas.
Fonte: Terra

Saneamento básico é o serviço com menor acesso nas cidades, diz IBGE


A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira mostra que, em 2012, 29,7 % dos domicílios urbanos no Brasil ainda não tinham acesso simultâneo aos serviços básicos de saneamento e iluminação. Destes domicílios, 93,5% apontaram a ausência de esgotamento sanitário.

Segundo o IBGE, o levantamento tem como objetivo possibilitar um conhecimento mais amplo da realidade social do país através de indicadores atualizados sobre seis temas: Aspectos demográficos, Famílias e domicílios, Educação, Trabalho, Padrão de vida e distribuição de renda e Saúde.
Em todo o Brasil, para cada 100 domicílios com acesso simultâneo aos quatro serviços investigados, havia 42 outros sem acesso a pelo menos um deles. A pior situação foi encontrada no Estado do Piauí, onde para cada domicílio com serviço havia 10,4 sem serviço. No Estado do Amapá essa razão era de 18,8 e em Rondônia, o número de domicílios sem serviço era de 10,4 para cada casa com serviços de saneamento e iluminação.
 Fonte: Terra

IBGE: 'geração canguru' ganha cada vez mais espaço


Entre os fenômenos de destacados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chama a atenção o crescimento da chamada “geração canguru”, termo usado para designar jovens de 25 a 34 anos que ainda vivem na casa dos pais. De 2002 a 2012, a proporção de jovens neste segmento passou de 20% para 24%.
A coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, diz que o fenômeno, recente e ainda pouco estudado no Brasil, vem seguindo uma tendência já observada nos países da Europa e pode ajudar a entender as mudanças ocorridas nas famílias no País.
A decisão de morar com os pais, segundo Saboia, pode se basear em justificativas e explicações diversas que envolvem desde questões financeiras (desemprego, custo habitacional), às questões psicológicas (comodismo, a chamada Síndrome de Peter Pan) e mesmo sociodemográficas (queda da taxa de fecundidade, aumento da idade ao casar, aumento do número de divórcios e separações conjugais), envolvendo diferentes graus de dependência econômica e familiar.
Porém, a questão central que recai sobre essa nova “geração” é que a opção de morar com os pais é feita de forma voluntária, uma vez que esses jovens possuem rendimentos e, no geral, alto grau de escolaridade. “Isso é fruto de vários adiamentos. Adiamento da idade para casar, do momento de ter filhos, de deixar a escola”, explica.
A geração canguru é formada 60% por homens e é maior na região Sudeste – 26,7% - , contra os 15,9% observados na região Norte. Outra diferenciação importante dentro desde fenômeno é a renda. Do total de jovens em arranjos familiares com parentesco, cerca de 11,5% possuíam filhos entre 25 e 34 em casa. Nos arranjos com renda per capita de até meio salário mínimo este número passa para 6,6%, chegando a 15,3% nas famílias com renda entre dois a três salários mínimos per capita.

Fonte: Terra

Em 2013, 140 Municípios tiveram suas populações reduzidas


Em 2013, 140 Municípios (ou 2,51%) perderam população, segundo a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez uma análise da mais recente estimativa, divulgada em outubro, e que leva em consideração os recursos expedidos pelos gestores municipais, após o primeiro balanço, em agosto.
De acordo com o IBGE, a população total do Brasil aumentou em 7.086.259 habitantes – passou de 193.976.530 para 201.062.789 pessoas. Esse acréscimo reflete diretamente nas finanças municipais, pois é com base na quantidade de habitantes que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é calculado e distribuído. Os valores são predeterminados em uma tabela do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na primeira estimativa do IBGE (antes da revisão), 447 Municípios teriam aumento de coeficiente e cinco perderiam. Depois dos recursos, houve uma pequena alteração: os Municípios que ganham coeficiente passam a ser 449. Os que perdem se mantiveram em cinco. Em 5.089 não haverá nenhuma mudança nos repasses do FPM.
Mudança de coeficiente
Nesta análise, a CNM separou as faixas populacionais para se atingir novos coeficientes. Constatou-se que 263 Municípios precisariam de, no mínimo, 500 habitantes a mais para passar para um coeficiente maior. Com destaque para Bahia e Minas Gerais, que possuem 36 e 32 Municípios, respectivamente, mais próximos de mudar de faixa de coeficiente.
A maior parte dos Municípios, 2.148 deles, ou 39%, deve manter a atual população e, por isso, deverão ficar na faixa de coeficiente em que se encontram.
Fonte: Agorams

Aulas de geografia tratam de economia, população e clima


Assuntos de geografia física e humana fizeram parte das edições 2008 e 2009 do Projeto Educação com reportagens exibidas em 2007 e 2008, respectivamente. Os professores Kiko Santos e Vinícius Ribeiro falaram de tempo, clima, urbanização, economia e agricultura. Além disso, mostraram as características do território pernambucano, dos rios nordestinos e a história de imigração de diversos povos para o Brasil, como os japoneses.

Para assistir os videos abaixo: 


REVEJA AS REPORTAGENS DE GEOGRAFIA DO PROJETO EDUCAÇÃO
Os fenômenos metereológicos, como tempestades e furacões, afetam a vida de todas as pessoas do mundo. O tempo é o estado passageiro da atmosfera, variando rapidamente. O clima será avaliado com a sucessão habitual do tempo.

agricultura do Nordeste sobrevive ainda com a tradição familiar e o conhecimento passado de pai para filho. Os tipos de cultura e produção de alimentos foram abordados pelo professor Vinícius Ribeiro.
Num passeio de catamarã pelo centro do Recife, os feras aprenderam sobre rios. O Rio Capibaribe, perene e que nasce no Agreste pernambucano, foi o mote para o professor falar da situação dos rios nordestinos.
imigração no Brasil teve início em 1808, com a vinda da família real portuguesa. A partir daí, representantes de outros países vieram buscar trabalho em terras brasileiras. Os japoneses, com cultura muito diversa, conseguiram se adaptar e formaram uma grande comunidade.
Os engenhos marcam o início daindustrialização, mesmo que de forma primitiva. No século 17, veio o ouro. Um século depois, o café. Com as duas grandes guerras, o Brasil foi obrigado a começar a produzir o que antes era importado.
população economicamente ativa é aquela que exercece atividade remunerada. O professor Kiko Santos falou ainda dos três setores da economia: primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (comércio).
As contínuas alterações do nível do mar, decorrentes de períodos glaciais, vão resultar em áreas invadidas pelo mar. O resultado gera falésias, arrecifes, restingas, etc.
território de Pernambuco é alongado, faz limite com Paraíba, Ceará, Piauí, Bahia e Alagoas e conta com 185 municípios. A Região Metropolitana do Recife é formada por 14 municípios, sendo a mais importante área do estado. Ainda há a Zona da Mata, Agreste e Sertão.
As construções revelam desenvolvimento, mas também geram dificuldades, quando não há saneamento, por exemplo. O processo de urbanização está intimamente ligado aocrescimento populacional.















































Fonte: G1

Apenas 1,6% dos moradores de favelas têm superior completo, aponta Censo 2010


Apenas 1,6% dos moradores de favelas e de outros assentamentos irregulares têm curso superior completo, enquanto, em outras áreas, essa porcentagem chega a 14,7%, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar os dados do Censo 2010.
De acordo com os números do Censo, 86,9% dos estudantes das favelas frequentam escola pública, contra 63,7% nos bairros tradicionais, que contam com acesso à escola privada.
No total, o IBGE contabilizou 6.329 assentamentos irregulares, entre favelas, áreas de invasão, palafitas e outros abrigos irregulares, um número que equivale a 5% das áreas em que o país foi dividido para a realização do Censo.
O estudo divulgado hoje tem como base os dados do Censo 2010, que procura evidenciar as diferenças entre favelas e outras partes das cidades.
"A dimensão das desigualdades entre favelas e outras áreas urbanas foi mostrada pela primeira vez em um estudo", destacou Maurício Gonçalves, pesquisador da Coordenação de Geografia do IBGE, em entrevista coletiva.
Para o especialista, "ter níveis de escolarização tão diferentes mostra dois mundos em um mesmo espaço".
Neste aspecto, Gonçalves citou como exemplo os bairros da Glória e de Copacabana, ambos situados na zona sul do Rio de Janeiro e onde cerca de 50% dos moradores das favelas localizadas nestas áreas não concluiu seus estudos primários. Já entre aqueles que vivem em outras áreas dos mesmos bairros citados, 50% tinha estudos universitários.
Em relação à renda, o Censo mostrou que 31,6% das famílias residentes em favelas contam com uma renda média por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 339), porcentagem que é reduzida para 13,8% entre aqueles que vivem em outras áreas.
Entre as famílias que possui uma renda média de mais de cinco salários mínimos por pessoa (R$ 3.390), apenas 0,9% vivem em favelas e 11,2% em bairros convencionais.
As diferenças também se mostram amplas em relação às famílias com acesso à internet, já que, na favela, apenas 20,2% dos lares tinha um computador conectado à rede, contra 48% das outras regiões.
Fonte: Terra

Região Norte concentra 66% da população parda, aponta IBGE


Brasília – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou hoje (6) o Mapa da Distribuição Espacial da População segundo cor ou raça – Pretos e Pardos, para contribuir com a elaboração de políticas públicas a esse segmento da população.
A novidade em relação aos dados anteriores sobre o tema é que o mapa traz o detalhamento da distribuição de pretos e pardos dentro dos municípios.
“A vida do cidadão acontece no município, então as principais políticas precisam ser pensadas de acordo com a distribuição da população neles. Podemos assim verificar se há coincidência entre o fator racial e uma solução ou um problema para a sociedade, temos condição de fazer análise sobre segregação socioespacial, áreas de vulnerabilidade, nível de emprego, distribuição da violência urbana”, explicou o assessor técnico da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Artur Sinimbu.
De acordo com o mapa do IBGE, em termos relativos, Serrano do Maranhão é o município com maior número de pretos e pardos, seguido do município baiano de Terra Nova. Em termos absolutos, São Paulo lidera a lista seguido pelo Rio de Janeiro.
“O mapa também oferece dados de acesso à educação, saneamento básico e trabalho. Dessa forma, os dados sobre informações socioeconômicas podem ser vistas conjuntamente com essa distribuição espacial”, informou o geógrafo do IBGE, José Antônio Sena.
O mapa usa dados do Censo 2010 e mostra que 43,1% da população brasileira se declarou parda. O maior percentual desse contingente estava na Região Norte (66,9%) e na outra ponta está a Região Sul (16,5%).
Os dados revelam ainda que, 7,6% dos entrevistados se declararam pretos e o maior percentual estava no Nordeste (9,5%). A Região Sul registrou o menor percentual (4,1%).
O mapa é uma parceria entre o IBGE e a Seppir. O lançamento foi feito na 3ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Fonte: Exame.com

IBGE: 2 em cada 10 residências em favelas têm computador com acesso à web


Apenas duas em cada 10 casas em favelas ou ocupações desordenadas tinham microcomputador com acesso à internet, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao ano de 2010. Dos chamados aglomerados subnormais, 20,2% se enquadravam nesta característica. Ao mesmo tempo, em domicílios em outras áreas, a proporção dos que contavam com microcomputador com acesso à internet chega a 48%. 
O IBGE classifica como aglomerados subnormais as regiões com, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, que ocupam terreno público ou particular (invadido ou não) e que se encontram de forma desordenada e densa. Regiões com menos de 51 barracos foram consideradas pelo estudo como áreas urbanas regulares.
A diferença na aquisição de bens duráveis é grande também em relação à posse de automóveis. Em favelas ou locais com ocupações desprovidas de infraestrutura básica, 17,8% das casas contavam com carros para uso particular. Já em residências fora dos aglomerados subnormais, 48,1% tinham pelo menos um carro na garagem.
No que se refere à posse de motos, as proporções são semelhantes. Em áreas favelizadas, 10,3% das casas contavam com o veículo. Já em residências fora dessas regiões, 11,3% tinham moto.
Em menos da metade das casas e favelas, era encontrada máquina de lavar. O IBGE constatou que 41,4% dessas residências contavam com uma lavadora automática de roupas. Nos demais domicílios do país, essa proporção chegava a 66,7%.
Televisão estava presente em quase todos os lares. Em casas nos chamados aglomerados subnormais, 96,7% contavam com o aparelho. Em outros domicílios, essa proporção chegava a 98,2%.  
O IBGE verificou ainda que mais da metade dos lares em favelas tinham apenas telefone celular. Em 53,9% do total, existia apenas o aparelho telefônico móvel. Em áreas fora das favelas, 32,8% das casas contavam apenas com telefone celular. Nesses locais, 57,3% das residências tinham telefones fixo e celular. Nos domicílios situados em aglomerados subnormais, essa proporção não passava de 32,1%.
Pesquisa registra 3,2 milhões de casas em favelas, em 323 cidades

O IBGE informou ainda que havia, em 2010, 3,2 milhões de residências em 323 cidades do país situadas em áreas de favelas. Deste total, 49,8% estavam situados na região Sudeste; 28,7% estão no Nordeste, 14,4% no Norte, 5,3% no Sul, e 1,8% no Centro-Oeste.

O levantamento mostra que 52,2% dos domicílios situados em aglomerados subnormais estavam em áreas predominantemente planas. Outros 26,8% estavam em áreas com aclive ou declive moderado, e 20,7% se encontravam em locais com aclive ou declive acentuado.
Se analisado o tipo da via em que essas residências estão localizadas, 51,8% ficavam em uma rua; 39,7% estavam em becos ou travessas; 4,2% se situavam numa escadaria, e 2% num caminho ou trilha. Já 0,9% viviam em uma via sem circulação interna. 
A pesquisa observou ainda que 12% das casas em áreas de favelas estavam situadas às margens de córregos, rios e lagoas. No Acre, essa proporção é a maior do país, chegando a 90%. Na região metropolitana de Macapá (AP), 83% desses domicílios estavam sobre rios, córregos, lagos ou mar. São as famosas palafitas, comum naquela região.
Fonte: Terra.



Salvador tem um terço da população vivendo em invasões


Salvador é a segunda capital com maior percentual da população vivendo em invasões no Brasil, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Segundo o estudo "Aglomerados subnormais", que usou como base os dados do Censo Demográfico de 2010, 882.204 mil pessoas vivem em favelas em Salvador, ou seja, 33% (ou um terço) da população.
A única capital no Brasil que tem um percentual superior é Belém (PA), em que 54,48% dos moradores vivem nessas áreas. No Brasil, esse índice é de 6,01%, ou seja, 11.425.644 de brasileiros.
As invasões ocupam 6.078 hectares em Salvador, uma área considerada pequena em comparação ao número de moradores. "Apesar de ter uma área física (de invasões) menor, Salvador tem um padrão de verticalização maior (imóveis com mais de um andar). Então, as pessoas ficam comprimidas nessas áreas", explica Joilson Rodrigues, coordenador do IBGE na Bahia.
De acordo com a pesquisa do órgão, 85% dos domicílios em favelas na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ocupam áreas com forte densidade, 71,4% tem dois ou mais pavimentos, 92,3% não possuem espaçamento entre eles e 47,3% estão em aclives e declives acentuados.
Joilson explica que ao contrário de cidades planas, a ocupação irregular em Salvador acontece ao lado de regiões consideradas nobres. "A população mais pobre se instalou em lugares próximos do trabalho em terrenos com aclive/declive que não eram interessantes para quem tem poder aquisitivo. Mas essa população carente se submete a viver em construções precárias e sem acesso à infraestrutura para ficar perto do trabalho, criando bolsões de pobreza próximos de áreas nobres", afirma ele.
A região com maior número de habitantes vivendo em invasão na capital baiana é Valéria (21.264 mil), seguida de Nova Sussuarana (20.337 mil), Nova Constituinte (20.302 mil), Fazenda Grande do Retiro (20.254 mil), Bairro da Paz (20.231 mil) e Beiru/Tancredo Neves (18.874 mil).
Fonte: A Tarde On- Line

NAS CARAVELAS, A ORIGEM DA CORRUPÇÃO

ROBERTA PENNAFORT / RIO - O Estado de S.Paulo
Em 1549, desembarcou no Brasil o primeiro funcionário público ficha-suja de nossa história. Pero Borges foi nomeado ouvidor-geral, cargo equivalente ao de ministro da Justiça, apesar da mácula em seu currículo: seis anos antes, fora condenado em Portugal por desvio de verba para construir um aqueduto - o roubo inviabilizou a obra.
Borges "recebia indevidamente quantias de dinheiro que lhe eram levadas a casa, provenientes das obras do aqueduto, sem que fossem presentes nem o depositário nem o escrivão", diz trecho de Elementos para um Dicionário de Geografia e História Portuguesa, de 1888, reproduzido no livro História do Brasil para Ocupados, recém-lançado pela editora Casa da Palavra.
Organizada pelo professor da Universidade Federal Fluminense Luciano Figueiredo, a publicação reúne textos de 66 historiadores e/ou pesquisadores brasileiros que recontam passagens importantes dos últimos cinco séculos de forma bem diferente da usada nas escolas.
Além de apresentar personagens pouco conhecidos, como Pero Borges, os autores abordam figuras como os imperadores, Tiradentes, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek sob ângulos originais. São seis temas centrais: pátria, fé, poder, povo, guerra e construtores, apresentados por especialistas das áreas.
Borges é apresentado pelo jornalista Eduardo Bueno. Ele chegou a ser julgado e afastado do serviço público por ter embolsado metade do custo do aqueduto - ou um ano de seu salário. Veio para a colônia como parte de sua punição, mas com poder (o ouvidor-geral podia até condenar índios e escravos à morte), gordo salário e pensão para a mulher se manter em Lisboa.
Ao chegar, mostrou-se chocado com a "pública ladroíce e grande malícia". Pura hipocrisia: continuou beneficiando-se do erário em solo brasileiro. Práticas como adiantar os salários dos empregados mais graduados e suspender, sem explicação, os dos menos qualificados eram comuns.
Segundo Figueiredo, a corrupção como entendemos hoje tinha outra significação na época. Como os servidores não eram bem pagos, a eles era facultado apropriar-se de parte do dinheiro da Coroa. "Fazia parte se beneficiar do cargo, não era ilegal. Os ouvidores ganhavam a cada sentença que faziam, o fiscal da alfândega tinha participação em cada navio que atracasse."
O nepotismo e o tráfico de influência também têm origens nessa época. As nomeações estavam "quase que exclusivamente" ligadas ao fato de "ter ou não o progenitor (do pretendente) servido à Coroa" e eram vinculadas a casamentos e ligações familiares.
"As pessoas compravam os cargos ou recebiam do rei como forma de premiação por algum serviço, então acabava-se criando a ideia de que se podia usá-los a seu dispor", diz Figueiredo.
Fonte: O Estadão.com.br

Alagoas terá menos nascimentos em 2030; mortalidade pode aumentar

 
A taxa de nascimento dos alagoanos será drasticamente reduzida até 2030, segundo novas informações da Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e idade: 2000-2030, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados, que tomam como parâmetro o Censo 2010, mostram ainda que a taxa de mortalidade tende a aumentar.
Em Alagoas, segundo a pesquisa, o número de nascimentos será 25% menor do que hoje quando chegar 2030. Porém, a quantidade de óbitos aumentará cerca de 16% nos próximos 17 anos. A tendência de uma desaceleração no crescimento populacional já vem se confirmando há anos.
Segundo informações da pesquisa, foram registrados 78.820 nascimentos em 2000, mas 13 anos depois já houve uma redução para 59.152. Em 2030, a previsão é que sejam registrados 44.609 nascidos em Alagoas. A taxa de fecundidade das mulheres que era de 3,13 no ano 2000, hoje é de 2,04 e em 2030 será de 1,60.
Óbitos
Segundo informações da pesquisa, foram registrados 78.820 nascimentos em 2000, mas 13 anos depois já houve uma redução para 59.152. Em 2030, a previsão é que sejam registrados 44.609 nascidos em Alagoas. A taxa de fecundidade das mulheres que era de 3,13 no ano 2000, hoje é de 2,04 e em 2030 será de 1,60.
A boa notícia dos resultados divulgados pelo IBGE é que a mortalidade infantil despencará nos próximos anos, de 24,03 por cada mil nascidos para 11,40 em 2030. A expectativa de vida ao nascer aumentará de 70,44 anos para 75,65.A população deve chegar a mais de 3,5 milhões de habitantes no ano de 2030, quando serão 153 mil mulheres a mais que homens em território alagoano. No ano 2000, eram apenas 36.406 mulheres a mais, e hoje são cerca de 80 mil: 1.690.793 pessoas do sexo feminino contra 1.610.142 do sexo masculino.
Essas projeções, de acordo com o IBGE, têm fundamental importância para o cálculo de indicadores sociodemográficos, bem como alimentam as bases de informações de Ministérios e Secretarias Estaduais de diversas áreas para a implementação de políticas públicas e a posterior avaliação de seus respectivos programas.
Fonte: Tribuna Hoje.com